sábado, 5 de maio de 2012

Betty Blue - Vermelho e Azul


Na década de 80, o cinema francês enredava para o clima de paixões escaldantes; sol, mar, insanidade na posse... E nesse mesmo clima efervescente surge o lançamento do filme “Betty Blue”.
    O que você faria se na calmaria do seu rotineiro e monótono trabalho, surgisse na tua vida o oposto do que te destinava? Essa pergunta foi feita por Zorg (Jean Hudhes Anglade), personagem principal, que também narra a tórrida história. Betty (Béatrice Dalle) trazia na sua beleza “agridoce’’ e inquietante, uma instabilidade emocional que acabaria se tornando um pesadelo na vida de Zorg, no momento que desse conta que o amor pode não superar tudo.



O filme se baseia em todos os devaneios de Betty, que quando chega na vida de Zorg, transparece o azul e enfervece com o vermelho os dias do homem, que antes pensava apenas em pintar bangalôs na praia, e no tempo vago, escrever. A relação dos dois era uma química e física super presentes, mas quando estavam em contato corpo a corpo. Diálogo era imprevisível com Betty.


O chefe de Zorg se irrita com o romance dos dois, e acaba pedindo que Zorg pinte inúmeros bangalôs para que Betty permaneça morando com ele. Cansada da prisão desse “ castigo”, das brigas constantes, e buscando por dias melhores com o seu amado, Betty incendeia o bangalô em que vivem.
    Passado o episódio do incêndio, o casal decide partir para Paris trabalhar como garçons no restaurante de um amigo, com a famosa ideia de “tentar uma vida nova, sossegada e constituir uma família’’. As coisas poderiam ter ido muito bem, se não fosse o excesso de impulsividade e busca por atenção que Betty possuía e desejava. Betty encontra os manuscritos que Zorg guardava, inconformada com a ideia de que seu companheiro poderia estar numa condição favorável pela sua escrita, Betty datilografa e manda publicações para vários editores da cidade e a maioria despreza.



A mãe de Zorg morre, fazendo com que os dois ( Betty e Zorg) se mudem e cuidem da loja de pianos da falecida mãe. É alí que Betty passa a transformar os seus defeitos em insanidade, tornando a nova casa, como palco para esses desequilíbrios cada vez mais fortes.

    Você que aqui se “atenta” aos detalhes que são relatados pelo filme, tenha a garantia que o final de todo esse drama, não será contado. HAHA. Diversas as pessoas leigas que vão classificar o filme como: Pornografia, sem nexo, “ a protagonista era uma retardada’’ enfim.. posso afirmar que o que não falta é várias cenas picantes e explícitas, porém, simbólicas. 


Por: Camila Teixeira



2 comentários:

  1. amei, está ótimo, ela se parece com vc, bjs !!

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  2. Como sempre, escrevendo lindamente! Parabéns Cami!
    Avisa quando tiverem atualizações,
    Beijos

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